terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a Educação Ambiental


Este texto é contribuição de Miguel Marques, estudante de psicologia na Unicastelo em  São Paulo.

Resenha : Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a Educação Ambiental
Marta Maria Pernanbuco e Antonio Fernando Gouveia


 Marta Maria Pernambuco e Antonio Fernando Gouvea da Silva discursam sobre a obra do educador Paulo Freire, que através da sua experiência acadêmica e profissional escreveu vasta literatura sobre a educação de jovens e adultos no Brasil. Sua obra é baseada na reflexão da educação transformadora tanto das pessoas como do próprio mundo, contra a injustiça e a opressão social para uma sociedade igualitária. O seu pensamento foi construído ao longo de sua vivencia dentro do Brasil como educador e fora dele como exilado político, que visa unir ação e reflexão direcionando para a recriação do conhecimento através de trocas significativas partindo de situações reais que visam a transposição de barreiras e idéias já estabelecidas.

Os autores nos propõem partindo da abordagem transformadora de Paulo Freire para a prática da educação ambiental o estudo do meio pelos seus próprios moradores, numa ação global do sujeito a transformar o mundo que o cerca, de forma ética com práticas de convivência social e econômica mais igualitárias, de forma a possibilitar novas ligações históricas contextualizadas de acordo com o local a ser aplicada, numa construção coletiva de novos conhecimentos e intervenções da realidade. O confronto de idéias que partem deste histórico real é a base para o superação da consciência dita pelo autor como ingênua e a conquista da consciência crítica e por conseqüência  a ação transformadora.

              Para tanto a educação não pode estar pautada na ação dominara, mas no diálogo entre idéias e ideais baseado no interesse comum, organizado e sistematizado considerando os elementos do povo ao qual esta educação será dirigida.

Embora Paulo Freire tenha participado ativamente da política no Brasil, sendo Secretário Municipal de Educação entre 1989 e 1991, a educação brasileira está distante de ser um palco de dialogo entre dominantes e dominados em busca do bem comum. A educação é sempre a mola propulsora de discursos inflamados que não saem do papel, poucas políticas publicas visam a real mudança educativa.

Ao contrário de Paulo Freire que acreditava que a educação do povo deve partir deste, as políticas educacionais que vivemos hoje pautadas no capitalismo que valoriza o bem de consumo em degradação da valorização humana e do bem comum, têm por objetivo  a manutenção do status quo, dificultando tal práxis, distanciando a ação reflexiva e transformadora da ação educativa. A mudança será possível quando o próprio homem oprimido se rebelar de seu papel receptor e passivo, e sair em buscar de conhecimento significativo.

Referencias:

Carvalho. Isabel Cristina Moura de. Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a Educação Ambiental. Ministerio da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, UNESCO. Brasilia 2006.

 link: Para baixar o livro na integra: http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001831/183196poro.pdf



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